O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa só entra oficialmente na rotina das escolas a partir do próximo ano letivo, mas a nova grafia já é aceite nos exames nacionais que começam na segunda-feira.
A Associação de Professores de Português encara a mudança com naturalidade, mas admite que para os colegas de outras disciplinas haja dificuldades acrescidas.
Na dúvida sobre o que está escrito, os professores deixam passar porque a partir de setembro "deixa de ser erro", diz à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Professores, João Grancho, antevendo problemas nos primeiros anos de aplicação do acordo nas escolas, dada a "insuficiente informação" prestada aos docentes.
“Pensou-se que o Acordo Ortográfico era algo simples e que qualquer professor, lendo o documento, poderia daí retirar as consequências, mas não é assim”, garante.
O docente afirma que o acordo envolve “alguma complexidade” e carecia de uma formação mais sustentada, o que “não aconteceu”.
Para os próximos anos, a começar em setembro, prevê “alguns problemas” na aplicação do acordo, por dificuldades inerentes às mudanças, mas também por “ausência de informação mais sustentada, mais continuada” e mais generalizada.
“Isto é óbvio e acho que é incontornável, embora tenha havido um esforço até das próprias editoras, das escolas, de proporcionar formação nesse sentido”, assume.
A presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Antunes Ferreira, desdramatiza e diz que já no ano passado, os professores receberam indicações para aceitarem as duas grafias nos exames.
“Penso que os professores terão de ler o acordo para perceber as alterações”, refere, acrescentando que há na Internet “muitas informações”.
Considera que o professor tem de se preparar por si: “Não há uma formação oficial. Era capaz de ser conveniente, mas também temos a visão de que o professor deve ser um investigador”.
Por outro lado, indica, “a comunicação social já está quase toda a usar a nova ortografia”, o que “irá facilitar”.
A docente acredita que é preciso encarar “com calma” a mudança e perceber que o próximo ano será de adaptação. “Se houver dificuldades é sempre possível pedir orientações”.
De acordo com a informação disponibilizada pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), responsável pela elaboração dos exames, devem ser aceites as duas formas de escrita, uma vez que o novo acordo está ratificado por Portugal, desde 2008, e existe um período de adaptação em que qualquer cidadão pode optar por usar a nova grafia.
O Ministério da Educação (ME) estabeleceu o ano letivo 2011/2012 para a entrada em vigor do acordo nas escolas, havendo estabelecimentos em que os alunos “já contactam com as novas regras”.
Ambas as grafias, segundo o GAVE, “são consideradas corretas na codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional”.
Para esclarecimento de dúvidas relativas à nova ortografia, os serviços do ME recomendam o Portal da Língua Portuguesa, onde se encontra o vocabulário e o conversor Lince.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Fonte: ionline
A Associação de Professores de Português encara a mudança com naturalidade, mas admite que para os colegas de outras disciplinas haja dificuldades acrescidas.
Na dúvida sobre o que está escrito, os professores deixam passar porque a partir de setembro "deixa de ser erro", diz à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Professores, João Grancho, antevendo problemas nos primeiros anos de aplicação do acordo nas escolas, dada a "insuficiente informação" prestada aos docentes.
“Pensou-se que o Acordo Ortográfico era algo simples e que qualquer professor, lendo o documento, poderia daí retirar as consequências, mas não é assim”, garante.
O docente afirma que o acordo envolve “alguma complexidade” e carecia de uma formação mais sustentada, o que “não aconteceu”.
Para os próximos anos, a começar em setembro, prevê “alguns problemas” na aplicação do acordo, por dificuldades inerentes às mudanças, mas também por “ausência de informação mais sustentada, mais continuada” e mais generalizada.
“Isto é óbvio e acho que é incontornável, embora tenha havido um esforço até das próprias editoras, das escolas, de proporcionar formação nesse sentido”, assume.
A presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Antunes Ferreira, desdramatiza e diz que já no ano passado, os professores receberam indicações para aceitarem as duas grafias nos exames.
“Penso que os professores terão de ler o acordo para perceber as alterações”, refere, acrescentando que há na Internet “muitas informações”.
Considera que o professor tem de se preparar por si: “Não há uma formação oficial. Era capaz de ser conveniente, mas também temos a visão de que o professor deve ser um investigador”.
Por outro lado, indica, “a comunicação social já está quase toda a usar a nova ortografia”, o que “irá facilitar”.
A docente acredita que é preciso encarar “com calma” a mudança e perceber que o próximo ano será de adaptação. “Se houver dificuldades é sempre possível pedir orientações”.
De acordo com a informação disponibilizada pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), responsável pela elaboração dos exames, devem ser aceites as duas formas de escrita, uma vez que o novo acordo está ratificado por Portugal, desde 2008, e existe um período de adaptação em que qualquer cidadão pode optar por usar a nova grafia.
O Ministério da Educação (ME) estabeleceu o ano letivo 2011/2012 para a entrada em vigor do acordo nas escolas, havendo estabelecimentos em que os alunos “já contactam com as novas regras”.
Ambas as grafias, segundo o GAVE, “são consideradas corretas na codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional”.
Para esclarecimento de dúvidas relativas à nova ortografia, os serviços do ME recomendam o Portal da Língua Portuguesa, onde se encontra o vocabulário e o conversor Lince.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Fonte: ionline

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