"Com o Governo demissionário, já não faz sentido. Nesta fase, temos de nos dirigir aos partidos e tentar influenciar os programas eleitorais", disse ontem Mário Nogueira, no final do Conselho Nacional da Fenprof, em Lisboa. Já a greve em vigor às horas extras e outros protestos agendados, como a Marcha pela Educação (ver página 24), vão manter-se. O líder sindical defendeu que a suspensão da avaliação, aprovada sexta-feira no Parlamento, "foi uma vitória dos professores". Mas frisou que se mantêm as principais preocupações, em especial a perspectiva de milhares de docentes perderem o emprego devido ao corte de 800 milhões de euros.
"O próximo Governo deve tomar posse em Julho, e só terá um mês para alterar as medidas deste antes do início do ano lectivo", disse Nogueira, garantindo que se não houver alteração de política "regressa a luta". O PSD foi decisivo para a suspensão da avaliação, mas Nogueira desconfia das intenções da Direita: "Preocupa-nos as posições do PSD e do CDS. A melhoria da Educação não passa pelo cheque-ensino e por medidas de privatização do ensino".
Mário Nogueira também se opôs à ideia defendida pelo PSD de os professores serem avaliados por uma entidade externa.
Fonte: Correio da Manhã

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